Enchentes no RS: Reflexos Profundos na Saúde Mental da População
- Rogério Telmo
- 9 de jul. de 2024
- 2 min de leitura

As recentes enchentes no Rio Grande do Sul não apenas deixaram um rastro de destruição material, mas também acenderam preocupações sobre os impactos duradouros na saúde mental das pessoas afetadas diretamente e daqueles que testemunharam a tragédia de perto. Para muitos, as inundações não apenas tiraram suas casas e pertences, mas também deixaram cicatrizes emocionais profundas, que podem persistir por muito tempo após as águas baixarem.
Para aqueles que perderam tudo, a devastação vai além do visível. É um golpe na sensação de segurança e estabilidade que a casa representa. É a perda de um lar onde memórias foram construídas ao longo de anos, um lugar de conforto e proteção.
Alguns perderam entes queridos, o que acrescenta uma camada adicional de dor e trauma. A luta para reconstruir não se limita apenas à parte física, mas também à emocional, onde cicatrizes invisíveis podem persistir por muito tempo.
Mesmo aqueles que não foram diretamente afetados pelas enchentes enfrentam um fardo emocional. A empatia nos conecta, e ver a dor e o sofrimento dos outros pode desencadear sentimentos de tristeza, ansiedade e impotência. Essa solidariedade é incrivelmente valiosa, mas também coloca em destaque a necessidade de cuidar da saúde mental de toda a comunidade.
Os traumas psicológicos que podem surgir dessas experiências são diversos e complexos. Desde o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) até a depressão e a ansiedade generalizada, as enchentes têm o potencial de deixar marcas profundas na psique das pessoas. O medo constante de novas enchentes, a sensação de perda e a dificuldade de se reconstruir emocionalmente são desafios que muitos enfrentarão nos meses e anos seguintes.
É fundamental que, além dos esforços materiais de reconstrução, haja também um foco significativo na saúde mental. Profissionais capacitados em saúde mental, psicólogos, psiquiatras, terapeutas, devem estar disponíveis para oferecer suporte emocional, terapias e intervenções que ajudem as pessoas a lidar com o trauma e a reconstruir um senso de normalidade em suas vidas.
O movimento solidário que vem de diferentes partes do Brasil é um testemunho poderoso da compaixão humana, de empatia e da capacidade de se unir em tempos difíceis. Agora, é crucial estender essa solidariedade para além do material e garantir que o bem-estar mental daqueles afetados pelas enchentes seja uma prioridade contínua. Juntos, podemos não apenas reconstruir casas, mas também fortalecer mentes e corações para enfrentar o futuro com resiliência.
Sou Rogério Telmo, pai do Matheus, engenheiro, gestor de SSMA, mentor e CEO do SSMA EM PAUTA, convido pessoas para conversas leves, importantes e instigantes.
Esta newsletter é mais um canal de comunicação do SSMA EM PAUTA, no qual podemos trocar experiências e aprendermos juntos. Vem com a gente!!
Comments